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domingo, 10 de fevereiro de 2019

Homenagem ao Zequinha.


Faleceu o, Zequinha ou Baixinho assim era conhecido pela sua comunidade.
Morreu um pedaço de Esposende, um pedaço daqueles nunca mais será recomposto.
Foi como se tivesse caído uma bomba em Esposende, a notícia deixou toda a comunidade incrédula.
Comunidade da qual ele representava o melhor, a classe dos pobres, unidos, bairristas, os resistentes.
De origens humildes, educado, distinguia-se principalmente pela nobreza da sua simplicidade, emanava alegria, costumava imitar o Vasco Santana nas suas paródias.
Tinha o coração na boca.
Penso que pouca gente o deve ter visto num dia mau.
Filho do ex. pescador e jogador de futebol, Tião e sendo sua mãe, Laida Paquete.
Pessoalmente tive o privilégio de trabalhar com ele em terra e no mar, e era no mar que ele se destacava.
Era ágil, bom safador de peixe, desperto, atento, bom pescador.
Como tudo na vida tem que se aprender, e até para lavar o convés de um barco é preciso saber, aprender, e isso ele ensinou-me, nunca mais me esquecerei.
Não se pode atirar o balde borda fora para encher de uma só vez, tem que ser lentamente, se não estamos sujeitos a ir borda fora com o balde.
Ele, gostava muito fazer patinagem no convés, quando pescávamos raias, rodovalhos, tamboris, estes largavam um langanho que é escorregadio e ele vinha da proa á poupa passando por a casa do leme a deslizar.
Assim era o Zequinha, e estas são apenas algumas recordações entre muitas e basta recorda-las para ficar bem-disposto.
Aposto que era isto que ele queria.
Luís Eiras.

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